Muitos quilómetros, com muito calor, um caminho nem sempre
fácil, muitas dores no corpo, noites mal dormidas, mas a promessa feita num
momento de desespero, de sofrimento, de angústia e de muito medo foi cumprida.
Não foi fácil, mas seria bem mais difícil, se não tivesse
tido o impagável apoio do grupo de escuteiros que connosco caminharam. Os
escuteiros que nos incentivavam a não desistir, que nos recebiam muitas vezes,
com música e com francos sorrisos no final de cada etapa, que nos forneciam
garrafas de água ao longo de todo o percurso, os escuteiros que nos preparavam
o pequeno-almoço e os lanches, os escuteiros que todos os dias carregaram e
descarregaram as nossas bagagens, os escuteiros que prontamente atendiam e
resolviam, dentro de todas as limitações existentes, os nossos problemas que
inesperadamente surgiam, os escuteiros que limpavam os campos onde iríamos
fazer paragens para descansar. Foram tantas as tarefas de que se encarregam e
tão bem desempenharam sempre com boa disposição e um enorme sentido de
responsabilidade. Para vocês, escuteiros, o meu obrigada por tudo o que me
deram e um bem hajam.
O meu obrigada vai também para ti Adelina Henriques que
sempre estiveste ao meu lado, para ti Adelina Henriques que quando soubeste da
minha decisão de ir a Fátima agradecer à Virgem se o meu pedido fosse atendido,
disseste, “também vou” e foste mesmo.
Foi com grande dificuldade que fizeste a viagem, foste
atacada pelas bolhas nos pés, pelas dores no corpo, foste desrespeitada e nem
assim deixaste de estar ao meu lado e de me incentivar a caminhar.
Quando da chegada a Fátima fomos tomadas pela emoção, pela
alegria e também pela tristeza. Pela alegria porque eu prometi e fomos, pela
tristeza porque há 8 anos atrás, tu prometeste e não fomos.
Nunca me cansarei de te agradecer tudo o que fizeste por mim
nesta jornada minha Amiga. Obrigada Adelina Henriques porque não me deixaste
partir sozinha.